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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DOE ou não doi?

Lido o DOE- acabado de sair do forno- suscitam-se alguns comentários.

Começa por ser uma bonita aula de economia, bem apresentada, mas esquece logo os estrangulamento microeconómicos, que talvez sejam os mais difíceis de modificar ( excepto aqueles ligados ao mercado de trabalho, em que em todo o caso há uma vacuidade assustadora). Reconhece que há problemas ao nível da receita fiscal e dos estabilizadores automáticos , mas insiste em aumentos de impostos e de receitas.

Depois apresenta uma longa lengalenga de percentagens de cortes e medidas num português redondo que não diz nada. Tudo é possível e o seu contrário. Alguma modificação na gestão do SNS introduzindo mercados internos ou concorrência interna? Nada. Alguma modificação na Educação além de fechar escolas? Nada. Em termos de reforma do Estado é uma pobrza confrangedora.Sobretudo do Estado Social. Parece que tudo se reduz a despedir gente,aumentar preços e impostos.

Para um economista que se diz grande admirador de Milton Friedman, não se vê nada de excitante ou grandes modificações. Mas esta pode ser uma interpretação apressada. Aguardemos mais uns meses...

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