É conhecido o dito cínico no "Leopardo" de Lampedusa que é preciso " mudar tudo para tudo ficar na mesma". As vozes que se vão ouvindo provenientes dos mais altos responsáveis e outros, parecem indicar o mesmo desejo. Começa-se a dizer que o grande problema não é o Estado,mas os privados que gastaram demais ( talvez seja de investigar se essa dívida privada não é bancária e não serviu para financiar o Estado através da Banca, sendo por isso uma dívida estatal escondida). Por isso defendem-se poucas medidas relativamente ao Estado. Um segundo consenso é o da tal unidade, que defende que ninguém discuta nada e no fundo se levantem poucas ondas, o que se liga aliás à terceira ideia que afirma que não vale a pena ver o passado nem encontrar culpados. O que está, está.
Está, mas está tudo mal. É evidente que tem que se revolver o passado e ver as asneiras que foram feitas, tem que se perceber onde estão os erros e não vale a pena pensar em unidades anémicas. O ideal mesmo era que um sector grande dos partidos e das sociedade fosse contra a assitência externa e que a situação fosse discutida.
Assim, não se faz muito barulho recebe-se o dinheiro e dentro de pouco tempo tudo estará igual ou pior. Repare-se que o FMI esteve cá há apenas 25 anos!
Há que fazer barulho e agora.