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quinta-feira, 21 de abril de 2011

União Sagrada e democracia.

Muitos apelam a um governo de salvação/união nacional. Por alguma razão tornou-se a panaceia que resolverá os problemas económicos do país. Não há razão nenhuma para pensar que assim será. O governo do Bloco Central funcionou porque tinha um ministro das finanças duro e não subserviente ( ao contrário deste ministro que foi mole e subserviente). Pouco teve a ver com a união. Outro governo de união, a União Sagrada na I República ( de que apenas fizeram parte Afonso Costa e António José de Almeida, deixando de fora Brito Camacho) durou 1 ano e pouco e pouco adiantou... E depois houve aquele governo baseado na união nacional e presidido por Salazar. Esse durou e adiantou, mas... A questão acaba por radicar em quem manda nas finanças e como manda.

Também gostam de dar o exemplo de governos de união em Inglaterra, durante as guerras.

Nas guerras napoleónicas houve o governo de "all talents" que não resultou. A guerra foi conduzida com vigor numa base partidária Tory.

Na Primeira Guerra os governos de união liderados por Asquith falharam. Resultou o governo liderado por Lloyd George. E na Segunda Guerra, o governo de união só resultou com Churchill.

Portanto, a força e o sucesso tem muito mais a ver com personalidades e lideranças de que com arranjos político.partidários que em si mesmo não garantem nada.

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