Há aspectos básicos da Economia que é bom relembrar quando a confusão se instala: se queremos consumir temos que produzir, seja produção para ao auto- consumo, seja para trocar por produtos que queremos consumir.Não havendo produção, mais tarde ou mais cedo deixaremos de consumir. Há paliativos (habitualmente financeiros - empréstimos e demais engenharias financeiras) que adiam essa realidade básica, mas ela chega. Em Portugal chegou, não produzimos o que necessitamos para consumir ( repetindo: quer directamente, quer através de trocas) e o tempo das engenharias terminou.
Assim, qualquer recuperação deve recomeçar pelos aspectos da produção. Produção agrícola, produção industrial e por aí adiante.Este é um primeiro ponto.
Naturalmente , que para retomar a produção será necessária alguma protecção. Não se pense que com as actuais circunstâncias - pertença ao Euro e fronteiras abertas com a UE, mas fechadas para uma boa parte do mundo- será possível essa retoma. A retoma implica algum grau de proteccionismo para apoiar o renascimento agrícola e industrial, que será aplicado num estilo crawling peg. Isto é alguns produtos estrangeiros serão objecto de tarifas mais elevadas, prevendo-se depois um abaixamento gradual dessas tarifas. Há circunstâncias em que o proteccionismo se justifica.
Recapitulando, nova produção, saída do euro, proteccionismo específico em crawling peg, tudo com o apoio do FMI .
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