Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dúvidas

A banca tem um papel fundamental no funcionamento da economia, mas é um erro pensar que tem o papel principal, sem trabalho e criação de mais - valias não há economia que se sustente, mesmo com o apoio constante da banca.
O papel, em Portugal, dos Bancos nesta crise é muito misterioso. Sempre disseram que estavam bem e sólidos, mas financiaram-se no BCE em quantias astronomicamente absurdas, foram contra a entrada do FMI de forma quase histérica, e no fim foram quem "obrigou" o governo a chamar o FMI, parecendo que estavam sem qualquer liquidez.Parece que como na Irlanda, foram os bancos que nos puseram de joelhos! Será assim? Talvez mais transparência ajudasse a perceber.

A crise de liquidez é das coisas mais graves que pode acontecer numa economia. Em Portugal parece que a crise de liquidez começou e foi determinante na banca. Parece que tinham medo que o FMI desembarcasse e percebesse que não cumpriam rácios nenhuns obrigando a uma intervenção do Estado nos Bancos, só que entretanto, ficaram literalmente sem dinheiro e optaram pelo mal-menor.

Este é um raciocínio muito especulativo,mas andará longe da verdade?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os helicópteros de Bernanke.

Ben Bernanke, o académico que hoje é Presidente do FED defendia uma teoria acerca das crises recessivas que aconteciam por falta de liquidez nos mercados: encher helicópteros de notas e despejá-las sobre os mercados. Aliás, foi mais ou menos isto em que consistiu a " quantitative easing" promovida pelo FED para fazer face à crise recente da economia norte-americana, que não é mais que um nome bonito para o fabrico de papel-moeda para inundar os mercados de liquidez.As teorias de B.B. assentaram nos estudos realizados por Milton Friedman e Anna Schwatrz acerca da importância da oferta monetária e da sua implicação directa nas flutuações económicas.

Em resumo, quando há falta de dinheiro no sistema, deve-se injectar dinheiro.

Portugal vive uma situação clara de falta de liquidez.É exactamente isso, nem mais ,nem menos. Todas as medidas que sirvam para retirar mais liquidez só servem para aprofundar os problemas, todas as medidas que sirvam para injectar liquidez servem para começar a resolver o problema. Por isso a questão, hoje não é de cortes, IVAs ou PECs, de um modo geral são medidas que agravam problemas, a questão hoje é de arranjar dinheiro para injectar no sistema para que ele funcione. Temos que procurar os helicpóteros de Bernanke , enchê-los de dinheiro e começar a largá-lo no nosso sistema económico. Alguém aprenda, esta insistência salazarista nos cortes, terá o seu lugar, mas a seguir, agora só servirá para afundamentos, mais ainda.

Quem defende estas políticas não são os Keynesianos que não acreditam na eficácia da política monetária, mas os liberais, que ,em princípio, conehcem melhor os mercados.

Portanto, só haverá uma solução para a crise, arranjar dinheiro para o despejar na economia, para já.

domingo, 3 de abril de 2011

Novo blogue de Filosofia do Direito e Política.

Veja o blogue http://filosofiadodireitoepolitica.blogspot.com/ denominado FILOSOFIA DO DIREITO E POLÍTICA.

Política alternativa e Teoria da Conspiração.

É angustiante olhar para a preparação que o PSD faz da governação e perceber que se prepara para seguir uma política idênctica àquela seguida por Sócrates, que no fundo decorre de um diktat alemão, que todos se aprestam a seguir para ficar ou tomar o poder. Na realidade a economia não é uma ciência de certezas, os ingleses até lhe chamam "dismal science",aponta caminhos, oferece soluções, mas não dá certezas, sobretudo se não se tiver em conta a história económica.
Os problemas de Portugal não radicam num descontrolo episódico das contas nacionais ( que efectivamente aconteceu e foi barbaramente escondido), o problema é estrutural e tem que ser resolvido do modo mais simples: colocar o país a trabalhar. É verdade que esse modo mais simples deve implicar algum proteccionismo,algum abandono das políticas da União Europeia e certamente um período de "big bang" de libertação das forças económicas.É admissível que se saia do Euro , crie barreiras alfandegárias a produtos europeus que vêm caros - sobretudo agrícolas, que se reorganize o modelo económico português, certamente voltando-o para o mar, agricultura, turismo e vários serviços e indústrias que fomos perdendo.

Uma outra interrogação prende-se com uma certa teoria da conspiração.

Todos sabemos que o dólar goza de um privilégio exorbitante por ser a moeda de reserva mundial. Tal permite aos americanos fazer coisas na economia e com economia que mais ninguém faz. Todos percebemos que o Euro começou a disputar esse papel de reserva, a colocar em causa o privilégio exorbitante. Não haverá da parte de alguns financeiros americanos( e etcs.) uma estratégia real para acabar com o Euro e reforçar o papel central do dólar. O comportamento abusivo das agências de rating não estará incluído neste plano. É que são estas agências que avalizaram fiascos passados e que não funcionam numa economia de mercado,mas sim num oligopólio. Esta é uma reflexão, talvez absurda?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Rever 1929

Muitos foram os estudos acerca das causas da crise de 1929, desde logo as análises de Keynes e de Milton Friedman. E embora os vários autores sugiram causas diferentes para essa Depressão , acabam por apontar sempre uma causa fundamental comum: A crise transformou-se em Grande Depressão devido a erros de política económica. Se Keynes os atribui aos Governos que procuraram sem descanso o equilíbrio orçamental sem perceber que se caminhava para equilíbrios no sub-emprego que invariavelmente mantinham a crise, Friedman aponta um erro de política monetária. Mas que houve erro humano de política, houve. E erro dos decisores políticos que essencialmente apertaram quando deviam ter descomprimido. Estas considerações vêm a propósito da recente crise portuguesa. A questão fundamental é a seguinte: a crise não é tão recente assim. Talvez o seu início possa ser estabelecido com o discurso da “tanga” de Durão Barroso e a entrada de Manuela Ferreira Leite nas Finanças, o que criou um clima de opressão sobre a economia portuguesa. Além do mais há a entrada no Euro que criou um colete de forças na nossa economia.Uma coisa é certa, Portugal não está numa Zona Monetária Óptima, como definido por Mundell, pelo contrário. Assim, qualquer política económica, se bem que tenha que ter em conta disciplina orçamental, tem sobretudo que se virar para os problemas económicos e estes implicam uma estratégia de descompressão da economia acompanhado por uma redefinição das funções do Estado. Resumindo, uma mudança de Governo não é feita para mudar de caras, mas para mudar de políticas económicas concretas.

sábado, 26 de março de 2011

Não há Churchill.

PPC não é Churchill. A primeira coisa que fez foi ir beijar a mão da teutónica Merkel e garantir que irá seguir a política de Sócrates, ainda com mais afinco... É evidente que é uma política errada.
A questão que se coloca é se terá valido a pena trocar , para ficar tudo igual em termos de condução das políticas ?
Vale, valeu e valerá porque o problema é mais fundo do que as políticas. Era a corrosão de um regime e a manipulação de um homem. A primeira tarefa era mandar JS embora. A segunda é continuar a revolução e para isso já se viu que PPC é um "apanha bolas".

terça-feira, 22 de março de 2011

In the name of God,go!

Será que amanhã Sócrates se vai embora? É o maior favor que pode fazer ao país.
Este tempo lembra o tempo da queda de Chamberlain em plena ineptitude na Segunda Guerra Mundial e apetece dizer o mesmo que Leo Amery no debate que levou à sua demissão: "Depart, I say, and let us have done with you. In the name of God, GO!"
O problema é que não temos nenhum Churchill à espera...

domingo, 6 de março de 2011

Resumo de Ideias

Último Domingo antes da Quaresma, altura óptima para um resumo das Ideias defendidas neste blogue até ao momento:
1- A legitimidade do poder radica no consentimento e cooperação dos cidadãos. Esse consentimento e cooperação é um continuum e não se esgota em processos eleitorais democráticos e assenta acima de todo na manutenção da liberdade. Liberade vista como não interferência e não domínio.
2- A solução para Portugal passa por:
a) Uma nova Constituição. Constituição elegante, com conteúdo mínimo em que se defina um poder executivo forte, uma carta de direitos fundamentais forte e um poder judiciário forte. Nada mais.
b) A saída do Euro.
c) Um Estado que financie a liberdade de escolha nas áreas sociais.
d) Uma economia sem monopólios e oligopólios "amigos do poder"e em que se volte para a agricultura.
e) A abolição das Forças Armadas.
f) O fim da " red tape" que inunda a economia com regulamentos impossíveis de trabalho, saúde, higiene, etc.
g) Naturalmente, a saída de Sócrates, Cavaco e companhia.

sábado, 5 de março de 2011

Legitimidade do poder.

A única fonte de legitimidade do poder é o consentimento do povo. Seja em democracia,ditadura ou o que seja, quando não haja consentimento, não legitimidade e mais tarde ou mais cedo deixará de haver exercício do poder.
Um governo que não conta com a cooperação dos cidadãos, não tem poder.Não o exerce. Espinosa dixit, mas é óbvio. Seja no Portugal de Sócrates ou no Egipto de Mubarak, a falta de cooperação popular leva a um mero exercício virtual de poder.

terça-feira, 1 de março de 2011

zu Guttenberg

zu Guttenberg demitiu-se por causa de um plágio no seu doutoramento. Sócrates está à espera de quê?