Portugal não constituia uma zona monetária óptima com a Alemanha. Não existia mobilidade e flexibilidade do trabalho, não estava no mesmo ciclo económico da Alemanha e não beneficiava de um sistema orçamental de transferências automáticas de dinheiro para colmatar essas divergências no ciclo. Por isso, aderir ao Euro sujeitando-se a critérios nominais de convergência, esquecendo a economia real e a necessária flexibilzação laboral e solidariedade orçamental seria um enterro para a economia portuguesa. Como foi.
Não cabe na cabeça de ninguém ter a mesma moeda da Alemanha sem qualquer válvula de escape. E as válvulas de escape admissíveis eram a mobilidade e flexibilidade laborais e a segurança que a Alemanha faria transferências fiscais em caso de crise. Uma e outra são a face da mesma moeda. Nós flexibilizávamos, liberalizávamos e flexibilizávamos a nossa economia. A Alemanha garantia-nos com o seu orçamento. Nada disto se verificou. Afundámo-nos com a adopção do Euro.
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