Muitos foram os estudos acerca das causas da crise de 1929, desde logo as análises de Keynes e de Milton Friedman. E embora os vários autores sugiram causas diferentes para essa Depressão , acabam por apontar sempre uma causa fundamental comum: A crise transformou-se em Grande Depressão devido a erros de política económica. Se Keynes os atribui aos Governos que procuraram sem descanso o equilíbrio orçamental sem perceber que se caminhava para equilíbrios no sub-emprego que invariavelmente mantinham a crise, Friedman aponta um erro de política monetária. Mas que houve erro humano de política, houve. E erro dos decisores políticos que essencialmente apertaram quando deviam ter descomprimido. Estas considerações vêm a propósito da recente crise portuguesa. A questão fundamental é a seguinte: a crise não é tão recente assim. Talvez o seu início possa ser estabelecido com o discurso da “tanga” de Durão Barroso e a entrada de Manuela Ferreira Leite nas Finanças, o que criou um clima de opressão sobre a economia portuguesa. Além do mais há a entrada no Euro que criou um colete de forças na nossa economia.Uma coisa é certa, Portugal não está numa Zona Monetária Óptima, como definido por Mundell, pelo contrário. Assim, qualquer política económica, se bem que tenha que ter em conta disciplina orçamental, tem sobretudo que se virar para os problemas económicos e estes implicam uma estratégia de descompressão da economia acompanhado por uma redefinição das funções do Estado. Resumindo, uma mudança de Governo não é feita para mudar de caras, mas para mudar de políticas económicas concretas.
Espaço destinado à discussão aberta e livre dos problemas económicos e políticos.
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quarta-feira, 30 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Não há Churchill.
PPC não é Churchill. A primeira coisa que fez foi ir beijar a mão da teutónica Merkel e garantir que irá seguir a política de Sócrates, ainda com mais afinco... É evidente que é uma política errada.
A questão que se coloca é se terá valido a pena trocar , para ficar tudo igual em termos de condução das políticas ?
Vale, valeu e valerá porque o problema é mais fundo do que as políticas. Era a corrosão de um regime e a manipulação de um homem. A primeira tarefa era mandar JS embora. A segunda é continuar a revolução e para isso já se viu que PPC é um "apanha bolas".
terça-feira, 22 de março de 2011
In the name of God,go!
Será que amanhã Sócrates se vai embora? É o maior favor que pode fazer ao país.
Este tempo lembra o tempo da queda de Chamberlain em plena ineptitude na Segunda Guerra Mundial e apetece dizer o mesmo que Leo Amery no debate que levou à sua demissão: "Depart, I say, and let us have done with you. In the name of God, GO!"
O problema é que não temos nenhum Churchill à espera...
Este tempo lembra o tempo da queda de Chamberlain em plena ineptitude na Segunda Guerra Mundial e apetece dizer o mesmo que Leo Amery no debate que levou à sua demissão: "Depart, I say, and let us have done with you. In the name of God, GO!"
O problema é que não temos nenhum Churchill à espera...
domingo, 6 de março de 2011
Resumo de Ideias
Último Domingo antes da Quaresma, altura óptima para um resumo das Ideias defendidas neste blogue até ao momento:
1- A legitimidade do poder radica no consentimento e cooperação dos cidadãos. Esse consentimento e cooperação é um continuum e não se esgota em processos eleitorais democráticos e assenta acima de todo na manutenção da liberdade. Liberade vista como não interferência e não domínio.
2- A solução para Portugal passa por:
a) Uma nova Constituição. Constituição elegante, com conteúdo mínimo em que se defina um poder executivo forte, uma carta de direitos fundamentais forte e um poder judiciário forte. Nada mais.
b) A saída do Euro.
1- A legitimidade do poder radica no consentimento e cooperação dos cidadãos. Esse consentimento e cooperação é um continuum e não se esgota em processos eleitorais democráticos e assenta acima de todo na manutenção da liberdade. Liberade vista como não interferência e não domínio.
2- A solução para Portugal passa por:
a) Uma nova Constituição. Constituição elegante, com conteúdo mínimo em que se defina um poder executivo forte, uma carta de direitos fundamentais forte e um poder judiciário forte. Nada mais.
b) A saída do Euro.
c) Um Estado que financie a liberdade de escolha nas áreas sociais.
d) Uma economia sem monopólios e oligopólios "amigos do poder"e em que se volte para a agricultura.
e) A abolição das Forças Armadas.
f) O fim da " red tape" que inunda a economia com regulamentos impossíveis de trabalho, saúde, higiene, etc.
g) Naturalmente, a saída de Sócrates, Cavaco e companhia.
sábado, 5 de março de 2011
Legitimidade do poder.
A única fonte de legitimidade do poder é o consentimento do povo. Seja em democracia,ditadura ou o que seja, quando não haja consentimento, não legitimidade e mais tarde ou mais cedo deixará de haver exercício do poder.
Um governo que não conta com a cooperação dos cidadãos, não tem poder.Não o exerce. Espinosa dixit, mas é óbvio. Seja no Portugal de Sócrates ou no Egipto de Mubarak, a falta de cooperação popular leva a um mero exercício virtual de poder.
terça-feira, 1 de março de 2011
zu Guttenberg
zu Guttenberg demitiu-se por causa de um plágio no seu doutoramento. Sócrates está à espera de quê?
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