Número total de visualizações de páginas

domingo, 11 de dezembro de 2011

Gleichschaltung

Gleichschaltung era a palavra alemã significando coordenação que os Nazis utilizaram para colocarem a Europa a funcionar de acordo com os padrões da Alemanha hitleriana.Essa coordenação forçada está de novo em movimento. Na II Guerra Mundial foram as hordas SS e os Panzers que assegurarm a coordenação da Europa segundo o modelo Nazi, agora é a força do kapital alemão que garante a coordenação.
Mudam os meios, mas mantêm-se os objectivos: uma Europa feita e a funcionar à imagem e semelhança dos Alemães, em que os preguiçosos do Sul surgem como os untermensch de agora.
Não é que os Alemães sejam nazis, mas têm uma cultura autoritária e de domínio, que perpassa a sua história. Sempre que a Alemanha está unida a Europa treme.
Do ponto de vista económico a teorização germânica está errada. Nem a história alemã o comprova.Afirma-se que os Alemães inpõem estas políticas restritivas e recessivas por causa do fantasma de Hitler e da hiper-inflação. Ora a questão é que Hitler não assume o poder por causa da hiper-inflação, mas por causa da deflação e da depressão. A hiper-inflação tinha sido um pouco debelada e é o alastrar da Grande Depressão Americana à Alemanha que cria as condições para Hitler subir ao poder.
As lições da Grande Depressão todas comprovam que foi a prossecução de políticas de austeridade e recessivas que transformaram uma recessão numa Depressão.Estamos a repetir a história.
Do ponto vista português é vergonhosa - mas não nova - a facilidade com que se abdica de soberania.
Esperamos que desta vez haja um referendo.Que a Gleichschaltung seja feita com o acordo do volk.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Douta Ignorância.

Como todos os portugueses fiquei estupefacto com a brilhante afirmação do nosso ex PM José Sócrates acerca do pagamento da dívida do Estado.
Se estudou economia, não estudou história, caso contrário, saberia que quando os países não pagam dívidas podem desaparecer, ser invadidos, avistar canhoeiras na sua costa ou ficar sem financiamento durante vários anos. Também é certo que lhes pode não acontecer nada. Mas essa é uma das hipóteses e a menos provável.
O que o ex PM quereria dizer é que as dívidas são muitas vezes pagas com outra dívidas.Tal é muito diferente. Quando um país tem que pagar uma dívida, na data do seu vencimento, tem muitas formas de o fazer, pode usar a receita dos impostos, pode usar outra receita pública - por exemplo de privatizações- ou pode contrair outro empréstimo, total ou parcial, para pagar a dívida.Isso é a gestão da dívida e implica opções no momento certo. Mas uma coisa é certa, se toda a dívida for paga por contracção de dívida entra-se numa espiral que mais dia menos dia explode.Os credores só financiam enquanto têm expectativa de voltar a receber o seu dinheiro na data de vencimento.Mesmo que a prolonguem, façam outros empréstimos, etc.Quando começam a ver a situação a deteriorar-se , dívida a aumentar, receita para pagar dívida a diminuir, retraem-se e está o caldo entornado.Parece que só ensinaram ao nosso ex-PM a primeira parte da gestão da dívida e não a segunda parte. E sobretudo esqueceram-se de dizer que em economia há uma coisa chamada ponto de equilíbrio e que é central a todo o raciocínio económico, quando esse ponto de equilíbrio é rompido é o cabo dos trabalhos. E isto estuda-se em economia logo primeiro ano.
As justificações que o ex PM são disparatadas. Ninguém falou em antecipar pagamentos de toda a dívida para o ano.
Os ignorantes convencidos são a pior gente que nos pode governar.