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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Responsabilidades.

Mário Soares que sempre assumiu que não sabia muito de finanças entregou a pastas a pessoas muito competentes: Medina Carreira ou Ernâni Lopes. Cavaco Silva que acha que sabe de finanças só tem feito asneiras. Quando esteve no governo desbaratou a bonança da CEE e os frutos da política do FMI com a compra de votos para ganahr eleições, ampliou o Estado Social para além do necessário, aumentou a função pública, etc. Foi ele que criou o monstro de que agora se queixa.
Agora deu cobertura a Sócrates e à sua política suicida. Está muito mal.
Sócrates e Cavaco têm que sair.

História pretérita?

Esta coisa da OCDE vir dar palpites acerca da nossa economia de forma tão desassombrada lembra os finais do século XIX e inícios do XX quando os credores de Portugal exigiam tudo e pretendiam interferir na política económica e financeira portuguesa, inclusivamente, através da Sociedade das Nações. Basta lembrar as peripécias do ministro das finanças da ditadura de 1926 - Sinel de Cordes- na negociação de um novo empréstimo. Peripécias que levaram à subida de Salazar ao poder.
Claramente, que Portugal não é dono de si, neste momento. E a primeira coisa a fazer é voltar a ser dono de si. Só depois a política orçamental é importante.
Obviamente que os estúpidos cálculos políticos que levaram a manter Sócrates no poder só contribuiram para o afundamento do país. Sócrates não sabe de economia e finanças. E não tem intuição para o assunto e o ministro das finanças não tem real poder.É um bombeiro sempre a chegar atrasado ao fogo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Estado mau.

JS e o ministro Gago anunciam com orgulho os números assombrosos de entradas na universidade ( e politécnicos, o quer que estes sejam) pública. Não é motivo de comemoração, é motivo de derrota e tristeza. O país cada vez é mais monolítico, o Estado faz tudo e não deixa fazer nada, é o grande compressor da actividade económica, persegue as empresas com os fiscos, as seguranças sociais, as autoridades do trabalho e mais órgãos de repressão.
O Estado é mau, não deixa trabalhar, não deixa fazer, persegue tudo e todos e absorve todos e tudo. Ninguém vê?

sábado, 11 de setembro de 2010

Fim da Democracia

A democracia terminou a semana passada em Portugal - e não foi por causa da Casa Pia. Foi por causa de uma deliberação da UE acerca da necessidade de os orçamentos nacionais passarem a necessitar de "luz verde" prévia dos organismos europeus. Chamaram a isso "coordenação".


Desde sempre que a democracia esteve ligada ao consentimento para cobrar impostos. A origem dos primeiros parlamentos está na necessidade de os reis terem assentimento popular para levantar receitas com vista ao financiamento das suas guerras e casamentos. A revolução americana surge do princípio "no taxation without representation". Há uma ligação indelével entre democracia e aprovação parlamentar de orçamentos. Tudo isto se perdeu a semana passada em nome de uma "coordenação", designação dada pelos nazis quando tomaram o poder na Alemanha ao processo de uniformaização e subordinação de todos os estados alemães ( até aí relativamente autónomos) à sua vontade. Mais uma vez os alemães coordenam-nos e terminam com a democracia. E o mais espantoso é que em Portugal ninguém se exalta!